Para evitar que calor ou frio extremos danifiquem os sinais de internet de seus clientes, a Starlink criará uma nova antena que pode suportar fortes flutuações térmicas.

Como resultado, o equipamento deve ser usado no que a empresa chama de “ambiente severo”. Atualmente, a subsidiária da rede de satélites da SpaceX possui dois modelos de antenas – uma delas retangular e já está disponível para venda no Brasil.

 

Nova antena vai aguentar frio e calor intensos

A empresa de Elon Musk entrou com um pedido na Federal Communications Commission (FCC), a agência federal que regula o mercado de comunicações e equipamentos dos EUA, para aprovar um novo protótipo de antena de “alto desempenho”.

Em um pedido feito na última sexta-feira (21), a Starlink comentou que o novo modelo de antena tem propriedades que o tornam “resistente a ambientes agressivos”. Starlink disse à FCC:

 

“Comparado com os outros terminais que a SpaceX Services foi autorizada a lançar no mercado, o modelo de alta performance foi projetado para resistir a ambientes mais duros. o novo aparelho deve continuar a operar mesmo com temperaturas de calor e frio extremos, e terá recursos extras para derreter neve e gelo, além de persistir por mais ciclos termais.”

A Starlink já tem duas antenas disponíveis para usuários dos EUA. Uma é uma forma de disco circular, semelhante a um dispositivo “tradicional”. O outro tem formato retangular e é mais leve que o primeiro modelo.

 

Mas os usuários que participaram da fase de testes do aparelho (fase de testes da empresa) tiveram uma descoberta desagradável: em estados como o Arizona, o aparelho funcionava mal em temperaturas acima de 50ºC. A solução que o cliente encontrou foi lavar o aparelho com água para resfriá-lo e fazer com que o sinal voltasse ao normal. A única diferença entre os dois modelos é o procedimento usado para determinar o ciclo de trabalho, disse Starlink. A empresa diz que quanto menos acessível ao público for o local de instalação da antena, maior será o ciclo, ou seja, menos dependente da interferência humana.

 

No entanto, nenhum dispositivo pode funcionar acima de 50ºC ou -30ºC. É claro que nenhuma região do Brasil passou por um frio tão intenso, mas apenas dois dias deste ano no Rio de Janeiro ultrapassou os limites da antena Starlink. Um terceiro modelo de antena será instalado principalmente em “estações terrestres fixas”, que são os topos de instalações como edifícios. A empresa de Elon Musk está interessada em atrair grandes negócios com novas antenas afixadas em prédios, como observou em nota à Agência de Comunicações dos Estados Unidos. A Starlink espera primeiro testar o dispositivo em um ambiente controlado e colocá-lo em funcionamento. “Muitos desses pontos de instalação estarão fora do alcance das pessoas”, comentou a empresa.

 

 

fonte : tecnoblog.net